Tipo: DC-3 178 (c/n 1545)
aHistórico: Primeira operadora - American Airlines (agosto de 1936), matrículaNC16009. Em março de 1951, foi comprado pela VASP e recebeu a matrícula PP-SQH. Em meados da década de 50 é vendido à Nacional Transportes Aéreos, ganhando a matrícula PP-ANU. Em 1959 foi cogitada a compra da aeronave pela àWillys Overland do Brasil. Entretanto, dias antes da entrega, em 29/09/1959, enquanto estacionado no Aeroporto de Congonhas/SP, a aeronave é atingida na cauda por um Curtiss Comander PP-BTE da Paraense que fazia um pouso de emergência. Com a parte traseira seriamente danificada, tratou-se de substituí-la pela cauda do DC-3 PP-ANI (c/n 34293), que havia sido destruído parcialmente em um incêndio em um hangar, 1961. Esta adaptação fez com que o PP-ANU perdesse a sua principal característica DST*. Devido ao acidente a Willys desiste da compra do avião, optando-se pelo DC-3 PT-BFU.
Finalmente restaurado e voando nas cores da REAL devido ao consórcio REAL-Aerovias-Nacional, em agosto de 1961, foi a vez desta companhia ser absorvida pela VARIG. Quando do registro junto a empresa gaúcha, em 16/11/1966, possuía 52.308 horas de vôo, sendo considerado o DC-3 brasileiro que mais voou até então, até sua desativação, em 1969. o PP-ANU estava de posse do Musal - Campo dos Afonsos e este cedeu em regime de comodato a um grupo encabeçado pelos comandantes Penteado e Comenho além dos engenheiros Tor e Flávio, cujo interesse era o de recuperar aquela aeronave, sendo que toda a reforma seria realizada nas oficinas da VARIG. O projeto, de iniciativa de funcionários desta empresa, com o patrocínio de outras e o apoio da própria VARIG, tinha como idéiacolocar o avião em condições de vôo e com as cores originais da VARIG e com o prefixo comemorativo PP-VRG. Mais tarde foi transferida para Porto Alegre onde está até hoje. Numa segunda reforma, voltou a ostentar o prefixo anterior PP-ANU.
*DST (Douglas Sleeper Transport) foi uma variação "esticada", produzida a partir dos DouglasDC-2. Algumas versões ganharam poltronas leito, camas e outros equipamentos especiais. Sua principal característica é a porta de passageiros disposta no lado direito da aeronave.
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Local: Em frente ao Museu da VARIG em Porto Alegre/RS, próximo ao AeroportoInternacional Salgado Filho. Existem negociações para que todo o acervo do museu, seja repassado ao Museu de Tecnologia da PUCRS e a aeronave será exposta.
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Local: Em frente ao Museu da VARIG em Porto Alegre/RS, próximo ao AeroportoInternacional Salgado Filho. Existem negociações para que todo o acervo do museu, seja repassado ao Museu de Tecnologia da PUCRS e a aeronave será exposta.
Fonte: http://projetodc3.blogspot.com.br/2009/03/dc-3-pp-anu.html
Um maior abandonado
Em meio a um processo de mais de 50 volumes, que envolve credores de todo o país, está o antigo Museu da Varig. Condenado à parte da massa falida da empresa, o acervo da companhia corre risco de ser leiloado para pagar dívidas principalmente trabalhistas. A instituição, que já foi motivo de orgulho para a memória dos gaúchos, hoje, como diria Cazuza, é um “maior abandonado”.
“Esse museu resgata a história da aviação comercial brasileira, que se confunde com a própria história do Estado do Rio Grande do Sul”, afirma o professor Elones Ribeiro, diretor do curso de Ciências Aeronáuticas da PUC-RS. O acervo tem atas administrativas e documentos pessoais dos ex-presidentes da Varig, além de peças de motores antigos, cabines, protótipos de aparelhos de comunicação, aviões e uniformes. Sua menina dos olhos - a aeronave DC-3, matrícula PP-ANU, a primeira deste modelo a ser fabricada no mundo - está passando por maus bocados. “O avião está jogado ao relento, cheio de ferrugem”, lamenta Ribeiro. Desprotegido da chuva, sol ou vento, o DC-3 agoniza, sem nenhuma cobertura, em área externa do prédio, de onde a vegetação toma conta. “O avião está estragando. Sem contar na possibilidade de entrada de água”, alerta a professora Cláudia Fay, especialista em história da aviação, também da PUC-RS.
Pôsteres, quadros e objetos da tripulação estão expostos. “Os papéis estão se perdendo. Está tudo sujo, acumulando poeira”, relata Fay, que teve acesso ao interior do local em julho de 2008.
Nem da GOL, nem do Estado
Fechado desde 2006, o antigo centro cultural aparentemente está sem administração e não consta sequer na lista oficial do Instituto Brasileiro de Museus (Ibram). A GOL, que comprou ativos da empresa gaúcha em março de 2007 por R$320 milhões, declara não ter jurisdição sobre o caso e, tampouco, responsabilidades sobre o acervo da companhia.
Segundo a Prefeitura de Porto Alegre, não há vínculos entre a Secretaria de Cultura do município e o museu. Mas para Gustavo Licks, administrador judicial da Varig, a transferência do acervo ao Estado ainda é uma possibilidade. "Faz-se necessário respeitar os interesses dos credores, do falido e ouvir o Ministério Público. Mas apesar de minha expectativa, nenhum órgão público se interessou até agora", argumenta. Para ele, "o acervo está em local adequado e possui boa conservação".
Adler Homero, pesquisador da Fundação Cultural Exército Brasileiro, acredita que apesar de existir variáveis empresariais e pressões externas, essa não deveria ser uma questão estritamente judicial. “O Estado deveria tentar sensibilizar o Poder Judiciário para transformar o material em domínio público e não vendê-lo como patrimônio financeiro”, critica.
A PUC-RS que o diga. Por iniciativa do professor Elones Ribeiro, em 2008, a universidade tentou trazer parte da coleção da Varig para o campus de Porto Alegre, mas não obteve sucesso. “O pedido foi negado pelo gestor da massa falida da empresa. Já que a companhia é devedora e o acervo faz parte de seus ativos, ele não poderia ser doado a uma entidade particular”, explica Ribeiro.
O andamento do processo
O processo tramita na 1ª Vara Empresarial do Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro, sob os cuidados do juiz Luiz Roberto Ayoub, recentemente acusado de participação em esquema fraudulento.
Ainda que beneficiada pela Lei de Recuperação Judicial, em vigor desde 2005, a dívida da empresa estaria crescendo, tendo aumentado seu valor em 157%, de R$ 7 bilhões a R$ 18 bilhões em apenas cinco anos.
Fonte: http://www.revistadehistoria.com.br/secao/reportagem/um-maior-abandonado
PRIMEIRAS FOTOS DE CIMA SÃO DE 2010 , AS OUTRAS DE 2013
Temos que agradecer deste artigo chamar a atenção a uma situação tão lamentável . Eu me sensibilizei tanto com a estória deste DC-3 que estou em fase final de uma pintura dele no estado de abandono. Minha intenção é uma critica ao descaso destas aeronaves que deveriam ser respeitadas e conservadas . O Brasil é o pais da aviação , do pai da aviação e fatos como este são uma vergonha .
ResponderExcluirconcordo plenamente com tudo que foi dito acima pela amiga werena assim como esse DC-3 o breguinha Boeing 737-200 da falida vasp se assemelha a tão situação uma pena brasil so pensar e copa do mundo e desvio de verdas puplicas enquanto isso nossa historia vai desaparecendo.
ResponderExcluirMuito triste de ver essas fotos, eu me lembro momentos dos anos que voaram neles e se sentem muito nostálgico para vê-lo tão destruído.
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